Em 26 de outubro de 2018, contei a história de “Bubalino, o búfalo voador” na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dante Marcucci, de Caxias dos Sul. A obra foi publicada em segunda edição em 2017 pela Editora Inverso de Curitiba.

Biblioteca da Escola Estadual Dante Marcucci, Caxias do Sul, RS

A sessão foi iniciada pela Profa. Rita de Cássia Campos Costa, que há vários anos vem me facilitando visitas a escolas em Caxias do Sul, RS (na foto, ao lado esquerdo). Ela faz exercícios de respiração com as crianças, bem como as incita a entrarem no mundo da fantasia. Esta preparação é muito importante, especialmente para grandes platéias, como era o caso. Na ocasião, tivemos quatro turmas do ensino fundamental na sala.

De início, expliquei a todos que estou criando um livro para cada um dos meus netos e que Bubalino é o quarto livro da coleção. Este foi escrito em parceria com minha neta Isabel, que é responsável pela dimensão fantástica da história. A seguir, passei a apresentar a história, à medida que projetava as suas imagens numa tela. Aceitei que as crianças fizessem comentários no decorrer da leitura. No final, acrescentei fotos de Isabel montada num búfalo de verdade, quando de uma visita que fizemos a uma fazenda de búfalos na Ilha de Marajó em 2017. A combinaçao de elementos fantásicos e cenas reais impressionou muito a audiência.

Segundo Madalena Maria Folchini, a bibliotecária da escola de quem recebi o convite, as professoras comentaram que “foi maravilhoso poder ouvir e ter contato com uma escritora”. Uma declarou “que nunca tinha ouvido uma história ser contada desta maneira.” Outra disse que sendo avó, encantou-se com a ideia de escrever para os netos e que  tentará fazer o mesmo.

O Diretor Carlos Nava declarou que a presença de um escritor na escola pode motivar os alunos a tornarem-se escritores. De fato, uma das crianças manifestou-se da seguinte forma: “Eu nunca tinha visto uma escritora de verdade…por favor, deixa-me levar o livro emprestado; eu também quero ser escritora…”, declarou a menina à bibliotecária.

Madalena disse que ficou surpresa ao constatar o quanto as crianças lembraram da história nos dias seguintes ao evento. Estavam muito felizes. Elas gostaram especialmente do lado fantástico da história, conforme depoimento a seguir:

“O mundo da imaginação começou no momento em que se ouviu o Clique, Clique, Clique da porta de emergência do avião. Aí, começou a história do Bubalino.” “E, também, a história do macaco que, então, começou a falar.”

Uma das professoras fez trabalhos sobre o livro com a sua turma de 3º ano. São desenhos das crianças, com alguns comentários.

Os depoimentos acima reafirmam o meu propósito de continuar contando histórias em escolas da rede pública no Brasil. Na maioria delas recebo tratamento especial por parte das professoras e das crianças. Sinto que o meu trabalho é valorizado e isto me motiva para continuar escrevendo histórias infantis.