E a história continua: impacto da presença do autor na escola

Ao contar histórias em escolas, é importante saber qual o impacto da presença do autor na escola no médio prazo. Será que as crianças vão lembrar-se da história? Quantas passarão a frequentar bibliotecas? Quantas irão, daí por diante, interessar-se por histórias? Quantas tentarão escrever suas próprias histórias?

Em 26 outubro de 2018, compareci à Escola Estadual de Ensino Fundamental Dante Marcucci, em Caxias do Sul para contar a história de “Bubalino, o búfalo voador“. Uns dias depois, Madalena Maria Folchini, a bibliotecária da escola, contou-me que o interesse das crianças pela história perdurou nos dias seguintes. Um fato que muito me alegrou, porque ao  contar histórias em escolas, a autora pode perceber apenas a reação imediata da audiência.

Hoje em dia, é muito fácil documentar  eventos, uma vez que  fotos são tiradas no celular e  podem imediatamente chegar ao autor via Whatsapp. Agora, para manter diálogo continuado com as escolas, é preciso haver uma pessoa que sirva de elo de ligação com o  autor.  Então, tendo tido  a felicidade de contar com o apoio da bibliotecária Madalena Folchini, desta vez, pude enviar material relacionado à história e em contrapartida receber manifestações das crianças.

A escola tem uma linda biblioteca. Luana, uma das alunas, entusiasmou-se ao saber que a história do Bubalino foi inventada por minha neta Isabel. Ela, agora, diz que também quer ser escritora.

Dias depois da leitura da história, enviei um video que Isabel gravou  para as crianças da Ilha de Marajó, apresentando o livro. Visitamos a Ilha porque lá  se encontra o maior rebanho de búfalos do Brasil.

Em troca, recebi videos gravados por quatro alunos, a relatar o que mais gostaram na história:

 

Gostei do clic clic clic que nos leva ao mundo da imaginação.

A Isabel tirava comida do fecho na barriga do búfalo!

O assento voa e se transforma numa lancha!

Gostei do bufalo voador!

 

E, desse modo, a história continua. Por quanto tempo?