Técnica para contar histórias

O que é uma história?

Toda a criança sabe que uma história tem início, meio e fim. Por isso, ao contar histórias para crianças maiores, gosto de enfatizar o seu enredo e indicar-lhes como as cenas vão sendo apresentadas dentro de uma sequência lógica.

Venho contando “O segredo de Francisco” com o fim de mostrar às crianças como se constrói uma história. Para tanto, resolvi experimentar uma técnica diferente para contar histórias em público. Na verdade, esta se assemelha ao modo em que se mostra um livro para nossos filhos ou netos.

Entre abril e maio de 2014, contei várias vêzes “O segredo de Francisco” no Brasil. Estes momentos incluíram crianças de segundo e terceiros anos em três escolas estaduais (média de 60 crianças por evento) e em uma escola particular (cerca de 30 crianças). Todos estes eventos aconteceram na cidade de Caxias do Sul. Na mesma época também contei a história para crianças de idades entre seis e 12 anos em uma biblioteca comunitária em Porto Alegre.

Leitura de imagens

Em todos estes eventos, iniciei projetando as imagens do livro, sem o texto, numa tela, por meio do power point.  À medida que mostrava cada uma das imagens, ia pedindo às crianças que as interpretassem. Por exemplo, na imagem acima, que aparece na página 8 do livro, depois de mostrar quem é o protagonista da história, eu levantei perguntas, tais como:

Quem são os outros personagens?
Qual a sua relação com o Francisco?
Qual a idade dos meninos?
O que está acontecendo nesta cena?
Como as crianças estão vestidas?
Qual o estado de espírito do Francisco?
O que vocês acham que vai acontecer depois disso?

Interpretação das crianças

E assim prossegui apresentando cada uma das imagens do livro, ao mesmo tempo que formulava outras questões e pedia às crianças para imaginarem o enredo da história. Num segundo momento, passei a ler a história enquanto projetava as imagens novamente, sempre pedindo palpites das crianças sobre o que estava acontecendo.

Pude observar que as crianças participaram do evento do início ao fim. Elas formularam diferentes interpretações durante e ao final do evento. Por meio dos desenhos que depois me apresentaram, pude verificar que alguns entenderam bem a sequência da história. Outros chegaram até a esboçar uma crítica sobre o comportamento dos personagens.

Tecnica para contar historias

Escolas visitadas

Escola São Caetano, Caxias do Sul
Escola Victorio Webber, Caxias do Sul
Escola Abramo Eberle, Caxias do Sul
Escola Raio de Luz, Caxias do Sul

Biblioteca comunitária

Biblioteca comunitária Chocolatão, Porto Alegre

 

Escola Victorio Webber

Escola Victorio Webber - Sylvia e alunos